sexta-feira, 14 de maio de 2010


"Não sou nada.

Nunca serei nada.

Não posso querer ser nada.

À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo...


Janelas do meu quarto,

do meu quarto de um dos milhões que ninguém sabe quem é,

dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente

para uma rua inacessível a todos os pensamentos...


Com o destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada..."

Álvaro de Campos